Crónica de uma travessia a época do ai-dik-funam

Luís Cardoso

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E a minha travessia no tempo. Do encantamento aos dias da ira. Um conjunto de relatos, na primeira pessoa, desde a infância até ao momento em que o imaginário construido se confronta com a realidade. A descriçâo começa com a travessia por terras da ilha de Timor, acompanhando entâo o meu pai, o velho enfermeiro, muitas vezes curandeiro, quando as penicilinas esgotavam o seu efeito, em longas peregrinaçôes por localidades tâo diferentes e separadas por barreiras linguisticas. Depois foi a travessia maritima entre a ilha de Timor e o ilhéu de Atauro, local de desterro, quando vi pela primeira vez o nascer do Sol no mar. Pelo que nunca me conformei com a masculinidade do mar. E essa travessia que dá nome à cronica. Como se o tempo tivesse ai parado. Em Atauro li o primeiro livro, a Biblia, roubado a um militar nativo. Fiz entâo a minha iniciaçâo, primeiro na construçâo do roteiro sagrado – o da Terra Prometida -, depois, com os manuais escolares, o da mae-pátria. Duas entidades distintas, distantes e coincidentes no infinito. Terminado o tempo do encantamento com a chegada dos dias da ira e a errância na outrora mâe-pátria, o imaginário nâo se sobrepôe à realidade, separa-se definitivamente dela. Resta entâo percorrer a rota da Terra Prometida. A da infância ou o início de todos os sonhos. A época do ai-dik funam.

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Crónica de uma travessia a época do ai-dik-funam

Autor Luís Cardoso
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Editorial Publicações Dom Quixote
Idioma portugués
ISBN 9789722014144
Año 1997
Género Novela
Páginas 154